
Marco Pinto, guarda-redes do Caçadores das Taipas, foi alvo de uma pesada suspensão de 16 meses, decretada pelo Conselho de Disciplina da Associação de Futebol de Braga. A decisão foi tomada na sequência de um episódio polémico ocorrido a 23 de março, durante o confronto frente ao Arões, a contar para a 24.ª jornada da Série B da Divisão de Honra.
O incidente deu-se aos 70 minutos, quando o jogador foi expulso com cartão vermelho direto após agredir um adversário. Segundo imagens vídeo analisadas, Marco Pinto terá então avançado em direção ao árbitro principal, Ricardo Ferreira, com o punho fechado e apontado ao rosto do juiz, num gesto interpretado como tentativa de agressão. O árbitro e os assistentes — Daniel Vale e André Duarte — decidiram abandonar o campo, levando à interrupção imediata da partida, que estava a ser vencida pelo Arões por 1-0.
A suspensão preventiva começou a 24 de março e estende-se até julho de 2026. O clube também não escapou às sanções: foi-lhe atribuída derrota administrativa por 3-0, o Campo do Montinho ficará interdito por um jogo (a cumprir na 29.ª jornada, frente ao São Cristóvão) e terá de pagar uma multa de 100 euros.
A situação gerou forte indignação no seio da arbitragem regional. O Conselho de Arbitragem da AF Braga e o Núcleo de Árbitros do Cávado emitiram comunicados a condenar o comportamento do jogador, apelando ainda a um reforço da segurança policial nos encontros distritais.
O próprio clube vimaranense suspendeu internamente Marco Pinto e apresentou um pedido de desculpas público, tanto ao árbitro como ao adversário envolvido.
Em defesa publicada nas redes sociais, o guarda-redes negou ter chegado a agredir o árbitro, embora tenha admitido que procurou intimidá-lo e reconheceu a “tentativa de agressão”.
O caso já seguiu para o Ministério Público, por via da Autoridade para a Prevenção e o Combate à Violência no Desporto, que considerou poder estar em causa uma infração de natureza criminal.