
As vitórias convincentes do Manchester United (3-0 frente ao Athletic Bilbao) e do Tottenham (3-1 contra o Bodo/Glimt), nas meias-finais da Liga Europa, deixaram os clubes portugueses em alerta. Uma final inglesa está agora muito próxima — e esse cenário pode “tramar” Benfica e Sporting no apuramento para a próxima edição da Liga dos Campeões.
O problema está no facto de tanto os “Red Devils” como os “Spurs” estarem longe dos lugares de qualificação direta na Premier League (ocupam o 14.º e 16.º lugares, respetivamente). Se um deles vencer a Liga Europa, garante entrada automática na Champions — e isso consome uma das vagas adicionais do ranking europeu, que podia beneficiar Portugal.
Neste cenário, o Benfica só tem duas vias para garantir a entrada direta na fase de grupos da Liga dos Campeões: ser campeão nacional ou terminar em segundo lugar com o Athletic Bilbao como vencedor da Liga Europa. Se nenhum desses cenários se concretizar, os encarnados terão de disputar as sempre complicadas pré-eliminatórias.
A situação é ainda mais delicada para o Sporting. Sem o título nacional, os leões precisam de um autêntico milagre de combinações: além da vitória do Athletic, será necessário que o Club Brugge não termine nos dois primeiros da liga belga, que Feyenoord e PSV fiquem abaixo do terceiro na Eredivisie, e que o Lille mantenha o lugar no pódio em França.
Com Rúben Amorim a guiar a equipa para uma possível conquista do campeonato, a pressão é enorme — não apenas para levantar o troféu, mas também para garantir estabilidade financeira com a presença garantida na Liga dos Campeões.