Ricardo Quaresma marcou presença esta quinta-feira na cerimónia de abertura da 42.ª edição do Torneio Internacional da Pontinha, em Lisboa, onde acompanhou o filho Ricky, que representa o Sporting no torneio. À margem do evento, o antigo internacional português falou com sinceridade sobre a atual temporada do FC Porto, clube do seu coração, mas também revelou qual o seu favorito ao título caso os dragões não consigam alcançar o primeiro lugar.
“Gostava que o campeão fosse o FC Porto ou que, pelo menos, estivesse na luta com o Benfica e o Sporting. Não sendo o FC Porto, gostava que fosse campeão o Sporting”, confessou o ‘Rei das Trivelas’, que não esconde o carinho pelo clube de Alvalade, onde joga agora o seu filho.
Com o campeonato ainda por decidir e cinco jornadas pela frente, Quaresma antevê um final de época emocionante:
“Ambos vão ter jogos difíceis até ao fim. Acredito que a discussão será até à última jornada. O clássico entre o Benfica e o Sporting pode ajudar a decidir quem acaba em primeiro. Espero que o Sporting vença.”
Apesar do voto de confiança no Sporting, o ex-jogador não esconde o desapontamento com a época portista:
“Os últimos meses do FC Porto têm sido difíceis. Como adepto fico triste com o que vejo, principalmente perder com os rivais daquela forma. Acredito que este ano vamos ficar em terceiro lugar, mas tudo depende deles.”
Sobre o futuro do clube e a nova era sob a liderança de André Villas-Boas, Quaresma pede paciência:
“Muita coisa mudou. O André entrou numa fase complicada e está a fazer tudo para levantar o clube. Temos que dar tempo. Sei que os adeptos portistas não têm muita paciência, querem resultados. Mas acredito que na próxima temporada as coisas vão melhorar.”
Também atento aos jovens talentos, Quaresma elogiou Rodrigo Mora e Quenda, duas promessas dos dragões:
“O Quenda vai para o Chelsea. Falei com ele duas vezes, parece-me um miúdo humilde e com os pés assentes no chão. Desejo-lhe a melhor sorte do mundo. O Rodrigo Mora tem tudo para ser um craque. Mas não podemos meter tanta responsabilidade num miúdo de 17 anos.”
Sobre o Torneio da Pontinha, que marcou o início da sua carreira, Quaresma recordou com carinho:
“Tenho boas memórias deste torneio. Era o melhor para nós, na altura. O prémio de melhor jogador foi especial, mas o mais importante era o espírito e a vontade de jogar.”
Por fim, mostrou-se emocionado ao ver o filho em campo:
“Agora é a vez dele de desfrutar. Ama o futebol e espero que consiga alcançar tudo o que deseja.”
